domingo, 23 de janeiro de 2011

O encontro

Duas amigas, antes de terminarem as aulas, em 2010, decidiram ir dormir à casa uma da outra. A Mariana já tinha ido dormir à casa da Susana, agora era a vez de a Susana ir dormir à casa da Mariana.
A Mariana queria que a Susana fosse à casa dela naquela semana porque lhe tinham mandado um SMS a dizer que tinha nascido o Salvador do Mundo. A mensagem também dizia que esse Salvador tinha nascido no monte do Campo do Gerês, mais especificamente em Junceda, perto da casa do guarda florestal.
A Susana aceitou o convite e, no segundo dia do ano, a Mariana pegou na sua bicicleta de cinco lugares, e foi do Campo do Gerês até Travassos buscar a sua amiga. Para baixo foi fácil mas para cima foi mais difícil, como diz o ditado “ Para baixo todos os santos ajudam mas, para cima, nem o diabo empurra”.
Tiveram que ir por Carvalheira porque o caminho de Covide estava tapado com um pinheiro que tinha caído e estava no meio da estrada. Quando estavam a chegar ao Chão de Pinheiro, encontraram dois homens em cima de três burros. Estavam decididas a seguirem o seu destino, mas os três homens, todos ao mesmo tempo, pediram para as duas pararem. Elas assim o fizeram e perguntaram-lhes o que queriam.
Apresentaram-se como os três reis magos do Oriente.
Ficamos muito espantadas e a Susana perguntou-lhes como é que eles faziam para viverem tantos anos, visto que os reis que nós conhecíamos tinham visitado Jesus há dois mil anos atrás. Eles disseram que tinham, os mesmos nomes mas que os reis magos que visitaram Jesus eram, os seus antepassados, mas que todos os descendentes ficaram com essa missão de percorrer o mundo e seguir a estrela que lhes indicava aonde deviam ir.
A Mariana perguntou o que é que eles queriam, afinal. Um deles, chamado Belchior, disse que tinham que visitar o Salvador. O Gaspar acrescentou, logo que no SMS dizia que era em Junceda e que o GPS deles não indicava esse sítio.
Ficamos mais descansadas, pois Junceda era um sítio bem conhecido.
Permanecemos naquele local a pensar o que teríamos que fazer.
Alguns minutos depois a Mariana teve uma ideia. Disse para a seguirem. Ela e a Susana, em cima da bicicleta  e  os três magos, nos seus burros, caminharam até Carvalheira.
Quando aí chegaram, a Mariana foi à casa de um colega da sua turma, o Capela, e pediu-lhe que guardasse os três burros e que lhes desse de comer. O Capela, contente por poder colaborar, aceitou.
 De seguida a Mariana disse aos reis para subirem para a sua bicicleta, pois ela tinha cinco lugares.
Chegaram ao Campo do Gerês e os cinco foram falar com o Presidente da Junta, que era o pai da Mariana. Ela pediu-lhe que os levasse a Junceda, pois ele conhecia bem o caminho. O pai da Mariana mandou que entrassem todos para o seu Nissan preto e seguiram para Junceda. Já no local, viram um holofote, que parecia uma estrela, por cima dos cedros. Por baixo das árvores, num local aconchegado, viram duas pessoas suas conhecidas, o Zé Manel e a Maria de Funde Vila, um de cada lado e um bebé no meio.
 Os reis ficaram felizes. De imediato, mostraram os presentes que traziam e puseram-se a adorar o “salvador”.  As duas raparigas e o Presidente da Junta foram ao Chão de Baixo buscar duas das suas vacas para que estas aquecessem o menino com o seu bafo.
De seguida, foram ao lugar buscar mais gente para adorarem o menino e dirigiram-se para o presépio. Quando lá chegaram, viram anjos que rodeavam o presépio, mas o resto das pessoas só viam as pessoas que eles conheciam.
Para a Mariana e para a Susana aquele dia foi o melhor de toda a sua vida!    

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