Como professora de Português, solicito, muitas vezes, trabalhos de escrita, na sala de aula, aos meus alunos. Estes, depois de corrigidos são arquivados numa pasta, alguns são selecionados para o jornal escolar, outros são afixados pela escola e uma grande parte nunca "sai da pasta"! Pensando nisso resolvi criar um espaço para serem todos divulgados.
domingo, 27 de fevereiro de 2011
domingo, 20 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Dia de S. Valentim
Andava a passear na floresta
No Inverno e sentia muito calor
Mas a verdade era só esta:
Diogo, 8ºB
Neste 14 de Fevereiro,
S. Valentim, é o teu dia,
E, mesmo, não sendo o primeiro,
Continua a dar-nos alegria.
Os festejos ao S. Valentim
Todos esperam que nunca acabem
Mas a verdade, para mim,
É que sobre o santo nada sabem.
José Capela, 8ºB
No dia catorze de Fevereiro
Por ser um dia tão especial
Festeja-se desde o minuto primeiro
Até ao segundo final.
Sofia, 8ºB
S. Valentim andava no ar
Vento agreste descia do
Alto, da fria montanha.
Levava, nas asas, notícias
Enamoradas.
Nada nem ninguém o segurava.
Tudo seguia à sua frente,
Invadia lares, pessoas, sonhos…
Matava de amores o namorados
Sofia, 8ºB
Namoro: amizade partilhada,
Preparação para uma longa caminhada,
Sentimentos confusos: alegria, dor,…
Mas todos falam em ti, amor.
Susana, 8ºB
Namorar é conhecer profundamente
A alma, o interior de alguém.
Mas, se o amor deixar de existir,
O namoro não faz sentido, nem há
Razão para existir, porque o
Amor é bom quando as pessoas se querem.
Remar contra a corrente não faz sentido.
Adriano, 8ºB
Um Amor verdadeiro
É chama no coração
Não se compra com dinheiro
É uma eterna doação.
Adriano, 8ºB
S. de sonho e sonhador
V de verdade
A de ansiedade
L de lembrança
E de entusiasmo
N de notável
T de tentação
I de inteligente
M de muito, muito amor.
Ana, 8ºB
O amor é um belo sentimento
E há um dia para o festejar
De várias formas se celebra o evento
E eu faço-o assim a cantar.
O amor também pode magoar
Se não se amar a pessoa certa.
Um bom par deves procurar,
Caso contrário, o coração aperta,
Mariana, 8ºB
Com o meu amor vou-me encontrar
Naquele banco do meu jardim,
Uma prenda lhe vou entregar
Porque hoje é dia de S. Valentim.
Um beijinho lhe vou dar
E o meu amor lhe demonstrar.
Com ele ando a namorar,
E com ele quero casar.
Mariana, 8ºB
S. Valentim
No dia de S. Valentim
O amor anda no ar
O meu amor vem até mim
E corre para me beijar.
Susana, 8º A
No dia de S. Valentim,
Na carta que receberes,
Não esqueças de dizer sim
Para ao teu amor responderes.
Tânia, 8º A
Catorze de Fevereiro
Dia de S. Valentim
Dia de amor verdadeiro
Vamos vivê-lo até ao fim.
Liliana, 8º A
Dia de S. Valentim
É o dia do amor
Com uma coragem sem fim
Oferece-lhe uma flor.
Bruna, 8º A
S. Valentim e os namorados
Fizeram um acordo sem par
E para os dois serem lembrados
Juntos querem festejar.
Melanie, 8º A
Fala-se mais do amor a catorze de Fevereiro,
Com ou sem namorado também se festeja,
Pois este sentimento é tão verdadeiro
Que entra no peito, sem que ninguém veja.
Daniela, 8º A
O catorze de Fevereiro
É o dia dos namorados
Que vivem apaixonados
Num amor tão verdadeiro.
Joana Ribeiro, 8º A
S. Valentim, aliado com o Cupido
Vêm até mim, neste dia tão vivido.
Basta parar, pensar, não negar…
Pois todos têm o direito a amar.
Maria Inês, 8º A
Dia de S. Valentim
Dia que não esquecerei.
Pois é importante para mim
O amor. Sem ele não viverei.
Cláudia, 8º A
Hoje é o dia do amor
O dia de S. Valentim
Não quero viver nesta dor,
Por isso, diz-me que sim.
Joana Pereira, 8º A
Hoje é dia de S. Valentim
Dia de entusiasmo e felicidade.
Vamos aproveitá-lo, até ao fim,
Vivendo em grande amizade.
António, 8º A
sábado, 12 de fevereiro de 2011
A partir de um excerto do conto Viagem , de Sophia de Mello Breyner Andresen dei a seguinte proposta de escrita:
A Vida levantou-se mais cedo do que o costume, acordou o Luz e foi abrir as portas ao Caminho. Quando as abriu, apareceu a Encruzilhada…
... que levaria a Vida ao seu destino.
Um caminho da Encruzilhada estava guarnecido de faixas brancas, enquanto noutros, de aspeto solitário e triste, o Caminho se arranja com árvores negras, mortas de tristeza. A Vida, que estava no auge da sua juventude e que era dotada de um humor sem precedentes, optou pelo "pimponete". Cantava uma vez e saia-lhe da frente um dos caminhos negros – o da direita. Cantava novamente e saia-lhe o branco, o seu pretendido.
O que a Vida observava, no seu trajeto, era o derradeiro antónimo da sua vida de infância: por onde quer que olhasse uma espessa névoa negra encarregava-se de lhe ocultar a visão. Limitada a olhar para o chão, para não se perder, a Vida lá seguia.
Já a Manhã carregava no seu colo as dez horas, quando, de repente, toda a vida existente começava a murchar.
Como é que os pequenos organismos da Terra podem viver sem a Vida, sendo esta um pilar tão importante para o Mundo?
Sem saber de nada, a Vida vagueava. De repente, a névoa dissipa-se e uma placa surge na sua frente. Era uma placa de madeira negra que continha uma pequena informação feita por alguém que tinha passado por lá. Esta dizia: " Olha em tua volta, /nada acontece/se em ti houver revolta, / e o caminho desaparece". Depois de lida a última letra um fio se estende à sua frente e, como por magia, este fio se transformava em dois portões que se abriam, revelando uma extensa escadaria, contornada por um fundo de nuvens e luz.
Quando a Vida coloca o pé no primeiro degrau, sentiu-se diferente. Foi como se alguém lhe depositasse um bocado da sua confiança e bondade no seu coração.
A Vida, alegre por ver e sentir os raios de sol a bater-lhe nas costas, começou a correr. Quando chegou ao meio da escadaria e começou a avistar o fim desta, reparou que a sua vestimenta se transformava. As mangas do seu vestido eram de ouro e o resto de um marfim imponente.
Surpreendentemente, estas roupas pesadas não abrandavam o ritmo da Vida.
O último degrau mostrou o cimo da escadaria, que dava para uma pequena planície de nuvens. Ao fundo, encontrava-se um trono, no qual um velho de grandes barbas brancas descansava - era o Caminho.
Quando a Vida se aproximou, o Caminho, com voz abafada, disse "Desculpa...".
O que se passou para além desta palavra não fazia diferença. O criador das vias, das estradas de terra que trespassavam a floresta morrera ali, naquele momento.
Lágrimas escorriam da Vida. Junto do trono uma lágrima caíra devagar na cabeça do Caminho. Logo, adveio um acontecimento fantástico. O Caminho começou a diminuir de tamanho e forma. Transformou-se numa réplica da Vida. Lembrava-se de tudo e sabia tudo.
Sem nada a temer, os dois amigos correram em direção à Terra. Passaram pela floresta negra e depois pela Encruzilhada. Quando saíram daquele submundo já não reconheciam a Terra. Esta tinha-se transformado totalmente numa floresta negra.
A Vida colocou um pé e, rapidamente, onde ela pisara germinaram plantas. A marca da sua pegada se expandiu a um ritmo alucinante, até que cobriu todo o globo.
Algum tempo depois, pequenos animais surgiam. Mais tarde os elefantes de África vagueavam em manada.
Tudo o que aconteceu desde que a Vida abrira os portões é passado... um passado que, ainda hoje, leva a Vida a abraçar o seu Caminho.
Trabalho de escrita da ficha de trabalho individual, Armando Dias
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Saudades
A partir de um excerto do conto Viagem , de Sophia de Mello Breyner Andresem, dei a seguinte proposta de escrita: A Vida levantou-se mais cedo do que o costume, acordou o Luz e foi abrir as portas ao Caminho. Quando as abriu, apareceu a Encruzilhada…
“…Quando as abriu, apareceu a Encruzilhada” muito assustada e preocupada porque a Estrada estava muito doente.
A Vida também ficou muito preocupada e, por isso, decidiram chamar os seus amigos e contar-lhes o que se estava a passar. Todos, decidiram ajudar.
Algum tempo depois a Vida teve a ideia de chamar um famoso mágico que havia no bosque. Este aceitou ajudá-los e foi ver a Estrada. Sem pensar muito, disse:
- Já sei o que a Estrada tem. O problema foi ter desaparecido o Caminho e sem ele, ela não consegue viver bem.
Sem hesitar, decidiram procurá-lo mas, passaram-se horas e horas e ainda não tinham encontrado nada. Não iriam desistir de procurar e assim continuaram.
Depois de muito pensar, a Vida descobriu uma gruta onde ele poderia estar.
Sem tirar nem pôr. Ele estava mesmo lá. Falaram e explicaram ao Caminho o que se estava a passar e ele, com pena da Estrada, foi-se logo embora.
Explicou à Encruzilhada e a Vida que só se foi embora porque queria um bocadinho de paz e de sossego, pois agora ninguém o procurava, só queriam a Estrada e esta tinha que ser boa. No seu tempo, era visitado por muita gente e, até as pedrinhas que o compunham estavam rompidas e as ervas tinham dificuldades em viver porque todos as pisavam.
A Vida pediu à Luz que ajudasse o Caminho. Esta iluminou-o bem e ele ficou radiante e cheio de brilho.
Decidiu fazer uma surpresa à Estrada. Enfeitou-se, limpou bem as suas bermas e fez com que nascessem lindas flores.
Quando a Estrada o viu ficou tão contente, tão contente que chorou de emoção. Abraçaram-se os dois e ficaram a viver lado a lado, felizes e prestáveis.
A doença da Estrada chamava-se “saudades”.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
O Gato Malhado e a Lua
Morte por amor
“Olá. Eu sou um gato e vivo num parque. Conheci uma andorinha pela qual me apaixonei. Mas como ela não queria nada comigo, desisti desse amor.
Um dia, no meu vagueio pela noite, vi a Lua” e comecei a admirá-la. Aos poucos, percebi que ela era tudo para mim. Esperava pela noite só para poder admirar a sua beleza. Estava apaixonado por ela.
Uma vez, senti que estava a ser perseguido. Olhei para trás, mas não vi ninguém. Isto passou-se durante muitos dias até que, numa noite de lua cheia, a minha amada Lua me cumprimentou, com a sua voz suave:
-Olá, eu sou a Lua.
Eu, muito envergonhado, disse:
-Olá, eu sou o gato.
Passamos algum tempo calados e corados, porque ambos gostávamos um do outro. Disse-me que me perseguia há dias e eu contei-lhe que tinha notado, só não sabia quem era. Naquela noite não falámos mais, pois eu tive que ir embora.
No dia seguinte, continuámos a nossa conversa. Era bom estar com ela, apreciá-la…
Um mês mais tarde, decidi fazer-lhe uma surpresa. Com a ajuda dos meus amigos do parque, construímos uma nave espacial, para eu poder ir ter com ela.
Um mês mais tarde, decidi fazer-lhe uma surpresa. Com a ajuda dos meus amigos do parque, construímos uma nave espacial, para eu poder ir ter com ela.
Ao pôr-do-sol, segui viagem. Ia ter com a minha Lua.
Cheguei quando as estrelas já cobriam o céu. Já no seu seio, apanhei uma grande deceção. A minha Lua não era aquela. Aquela era só um pedaço de rocha fria, sem brilho e sem vida.
Que fazer? Vagueei triste e desolado.
Vendo-me assim, ela perguntou-me o motivo de tanta tristeza. Demorei algum tempo a responder. Disse-lhe que não via o brilho, a beleza, o sorriso que me cativou na minha Lua. Ela, sem demora, respondeu-me que era ela.
Que fazer? Vagueei triste e desolado.
Vendo-me assim, ela perguntou-me o motivo de tanta tristeza. Demorei algum tempo a responder. Disse-lhe que não via o brilho, a beleza, o sorriso que me cativou na minha Lua. Ela, sem demora, respondeu-me que era ela.
Tivemos muitas conversas mas o amor não voltou ao meu coração.
Decidi, então, voltar para a Terra, pois preferia amá-la de longe, observando as suas mudanças, a sua alegria e o seu brilho, nas noites escuras.
Na viagem de regresso da terra, tive problemas e fiz algumas paragens nas estações de serviço.
Com o cansaço, resolvi fazer uma sesta, mas o que eu não sabia era que já tinha pouco oxigénio. Depois da sesta, voltei para a nave e segui viagem.
Passados uns minutos, comecei a sentir falta de ar, e perdi o controlo da nave. Esta acabou por colidir com o sol, originando uma grande explosão.
Houve meses e meses de chuva intensa. Em alguns lugares, houve, até, grandes cheias. A Lua chorava pelo meu desaparecimento.
Nunca mais ninguém viu aquele brilho e aquele sorriso alegre que todas as noites iluminava o céu e me tornava feliz.
Agora vivo no Reino dos Gatos e sonho continuamente com a minha amada.
Ana Alves e José Capela, 8º B
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