quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

História de amor…

“Olá sou gato e habito dentro de um livro. Adoro ler e apaixonei-me pela Vida, personagem principal da história que estou a ler”.
Tudo começou numa bela manhã de Outono. Estava eu no meu quintal, deitado na relva, a ver as estrelas, quando avistei uma estrela cadente.
Lembrei-me, então, de um livro que andava a ler e decidi ir buscá-lo, pois estava em cima da minha secretária.  Já dentro de casa, senti que tinha muito sono e fui dormir.
Na manhã seguinte, acordei agitado pois o vento, tinha assobiado toda a noite. Estava um céu escuro e parecia que se estava a aprontar uma tempestade. Contudo,  aventurei-me a ir dar um passeio pela serra, que, com o céu tão escuro, parecia assombrada.
Cheguei a um lugar já meu conhecido e entrei na caverna. Lá dentro estava um homem no chão. Estaria morto? Assustei-me!
Saí rapidamente e corri em direção a casa, mas deparei-me com uma matilha, que me rodeou. Depois de lhes cantar uma bonita canção e de conversarmos, com calma, eles deixaram-me ir embora. Ainda bem!
Cheguei a casa aliviado  e pensei em descansar um pouco, mas não consegui. Diante dos meus olhos estava a imagem daquele homem, que ficara na gruta. Resolvi ligar para a polícia e contar-lhes o sucedido.
 Para tentar esquecer resolvi continuar com a leitura   do livro que andava a ler, mas que ainda estava no início.
No desenrolar da história percebi que era uma história de aventuras que tinha várias personagens, entre elas a Vida, a Manhã, o Tempo, o Verão, … A vida era a personagem principal e já no meio da história apaixonei-me por ela. Com o aproximar do final da história, queria conhecê-la, mas não sabia como! Liguei a muitos amigos para ver se alguém a conhecia, mas ninguém me deu resposta. Era como se ela não existisse, fiquei triste e desiludido.
Certa manhã, bem cedo, ligaram-me para casa. Estive para não atender, mas levantei o telefone e comecei a falar.  Era o meu amigo Coelho. Contou-me, satisfeito, que a polícia tinha salvo a vida a um homem que estava desmaiado dentro de uma gruta, no Gerês. O sorriso voltou à minha cara. Tinha sido eu a avisá-los!No dia seguinte fui para o Alentejo. Era lá que morava o meu amigo Coelho. Encontramo-nos e ele deu-me o número de telemóvel da Vida. Fiquei feliz, radiante. nem sabia bem o que fazer.
Passado algum tempo, decidi ligar-lhe para combinarmos um café.
 Depois de lhe contar toda a história, ele deu-me a notícia que eu mais ansiava: ele conhecia a Vida. Logo marcamos encontro para falarmos melhor.
Passados dois dias, encontrámo-nos (até acho que ela gostou de mim)! Com o desenrolar da conversa disse-lhe que tinha lido um livro sobre as «Aventuras da Vida» e que me apaixonei pela personagem principal que era ela - a Vida! Ela percebeu que eu gostava dela e então declarou-se a mim.
Eu queria casar com ela, mas ela não era cristã. Então decidimos  morar juntos.
Tivemos seis filhos, fizemos muitas viagens e uma delas à Lua, porque ela queria conhecê-la. Quando ficamos  mais velhos, quis mostrar-lhe como a nossa história de amor começou.
Decidi ler-lhe o livro que tivera guardado durante muitos anos numa mala, que nunca usara e que continha todos os meus segredos. A meio da leitura ela riu-se e contou-me uma coisa engraçada.  Quem tinha escrito aquela história tinha sido ela, também numa noite de Luar.
Rimo-nos os dois da situação e decidimos fazer a segunda edição daquele livro.
A nossa história era uma bela história de amor. Já era muito tarde e então adormecemos os dois juntos.
E assim termina a história de amor entra a Vida e o Gato.
                                                                                        Joana Pereira e António Antunes

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Desavenças entre duas irmãs celestiais

Trabalho produzido na aula, a partir de proposta, a negrito

"A Manhã levantou-se mais cedo do que costume, acordou o Sol e foi abrir as portas à Claridade. Quando as abriu, apareceu o Vento” que veio de mandar a Noite embora. O Vento estava farto das insónias madrugadoras da Manhã, pois era ele que tinha que aturar o mau feitio da intolerante Noite.
Os habitantes celestiais não gostavam da caprichosa Noite, excepto as Estrelas e a Lua.
Não se compreende como é que um astro tão culto, inteligente e bonito como a Lua tinha uma admiração por um ser tão caprichoso  como a Noite.
A Noite, desde a sua infância, proclamou guerra à Manhã. Aproveitou-se da sua bondade para convencê-la que o melhor era existir unicamente ela, tudo seria mais calmo.  Apesar da Manhã ser muito querida, solidária e, até,  um pouco ingénua (para algumas coisas), a Noite não saiu vitoriosa; pelo contrário.
Esta derrota ficou a dever-se à perspicácia do Sol, que é o melhor amigo da Manhã, aconselhou-a e, assim, esta não se deixou enganar.
           As manhãs e as noites foram passando e as duas irmãs continuaram de costas voltadas até aos dias de hoje.
Realizado em 25 de Janeiro de 2011, por Tânia Gomes

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

A minha nova vida

"Olá! Sou um gato e habito dentro de um livro. Adoro ler e apaixonei-me pela Vida, personagem principal da história que estou a ler." 
Há cerca de um mês, estava eu a dar um passeio pelo parque e, de repente, deu-me uma súbita vontade de ler um livro. Deitei-me no chão e comecei a lê-lo. Estava tão entusiasmado que nem dei pelas horas passarem. Quando cheguei ao meu solar, deitei-me na minha cesta, forrada de veludo, mas não conseguia adormecer, pois só pensava na Vida e no fim que ela iria ter no livro. Fiquei tão agitado e curioso que resolvi continuar a ler aquele conto, que me provocava uma intenso fascínio. Era de madrugada quando  terminei a leitura, mas fiquei muito desiludido com o desfecho da história. Adormeci desconsolado.
Acordei com o primeiro raio de sol e  resolvi dar um passeio pelo bosque. Reparei num  cartaz pregado a um tronco de uma árvore, que dizia: “Se procura solucionar algum problema na sua vida assobie três vezes e eu cá estarei.” Como eu sou um gato aventureiro decidi arriscar, pois “quem não arrisca não petisca.” E assim  fiz. De imediato, um duende aproxima-se, e disse-me, num murmúrio:
- Pede um desejo e ele se concretizará para sempre
- Quero entrar na história que eu li na noite passada. – disse eu.
- Um, dois, três o seu desejo irá concretizar-se de vez!
Quando dei por mim estava eu dentro da história. Como eu sabia onde se localizavam todos os lugares possíveis e imaginários, comecei por procurar a Vida no jardim. Lá estava ela a cheirar uma rosa vermelha. Como bom cavalheiro, deitei as minhas garras de fora e cortei a rosa e ofereci-lha. Ela ficou com um sorriso de orelha a orelha.
Passamos meses a fio a conversar e a passear. Um dia enchi-me de coragem, respirei fundo e pedi a Vida em casamento. Ficou tão radiante e aceitou feliz.. Já estava à espera deste momento há muito tempo, confessou-me ela. 
 O casamento foi mágico, o coro eram os passarinhos, o padre era o Sapo Sabe-Tudo e as damas de honor e os cavalheiros eram os peixinhos do lago.
Nove meses depois do casamento, nasceram oito lindos filhos: o Amor e a Amizade,   o Sonho e a Fantasia,  a Alegria e o Lazer,  a Sabedoria e a Eternidade.
 Assim vivemos e continuaremos a viver felizes dentro do livro e dispostos a fazer sonhar quem a leitura amar.
Trabalho realizado, na aula, no dia 20 de Janeiro de 2011, por Bruna Soares e Tânia Gomes


domingo, 23 de janeiro de 2011

«Olá. Sou um gato e vivo num parque. Conheci uma andorinha pela qual me apaixonei.
Mas, como ela não queria nada comigo, desisti desse amor.
Uma vez no meu vagueio pela noite vi, a Lua…»



…e achou-a muito interessante. Parou, por momentos, admirando a  sua beleza. Dali em diante, saía todas as noites para a mirar.
      Um dia o Gato tentou, falar-lhe, mas ela não ligou ao que ele lhe disse.
      Uma noite ela não apareceu e o Gato ficou muito preocupado com aquele desaparecimento repentino. Decidiu ir à Lua no seu foguetão. Já no ar olhou por uma das janelas  e avistou a Lua, muito longe.
      Algum tempo depois, quando chegou perto dela, decidiu saiu do foguetão, mas não sabia como o poderia fazer. Avistou uma nuvem e decidiu saltar para cima dela, para poder ir ter com a Lua.
       Ao encontrar-se com ela perguntou-lhe porque é que ela não tinha aparecido numa daquelas noites tão belas e deslumbrantes em que não faltava uma única estrela. Só faltou ela, a mais bela entre todas as estrelas. Ela sorriu, feliz. O Gato achou que era o momento certo para lhe dizer o quanto a amava. Ele disse-lhe, meio envergonhado, e ela respondeu-lhe que já há algum tempo que andava com vontade de falar com ele e dizer-lhe que ele era aquele que a levaria ao altar, mas tinha vergonha de lho dizer.
       Rapidamente, o gato mudou de aspecto e perguntou-lhe se ela queria casar com ele. Ela, como era de esperar, aceitou. Na noite seguinte, prepararam as coisas para a cerimónia. Marcaram a data logo para o dia imediato, pois era dia de lua cheia.
      Não demoraram a pensar nos convidados. Os primeiros convidados foram os habitantes do parque. A Lua, por sua vez, decidiu convidar as suas amigas estrelas.
      Finalmente, chegou o momento tão esperado pela Lua e pelo Gato - o dia do seu casamento.  Lá estavam todos os habitantes do parque e todas as estrelas mais faiscantes do que nunca.
      A festa foi linda. Naquela noite todo o céu ficou mais iluminado do que o costume. Até a Andorinha, com o seu querido Rouxinol, apareceram para a cerimónia, acompanhados dos seus lindos filhinhos, para fazerem o coro, na cerimónia.
      Viveram felizes e tiveram muitos Luógatos.


                                                                                                 Trabalho realizado por: Carla Sofia Rocha   e
                                             Susana Isabel Gonçalves

8ºB

O encontro

Duas amigas, antes de terminarem as aulas, em 2010, decidiram ir dormir à casa uma da outra. A Mariana já tinha ido dormir à casa da Susana, agora era a vez de a Susana ir dormir à casa da Mariana.
A Mariana queria que a Susana fosse à casa dela naquela semana porque lhe tinham mandado um SMS a dizer que tinha nascido o Salvador do Mundo. A mensagem também dizia que esse Salvador tinha nascido no monte do Campo do Gerês, mais especificamente em Junceda, perto da casa do guarda florestal.
A Susana aceitou o convite e, no segundo dia do ano, a Mariana pegou na sua bicicleta de cinco lugares, e foi do Campo do Gerês até Travassos buscar a sua amiga. Para baixo foi fácil mas para cima foi mais difícil, como diz o ditado “ Para baixo todos os santos ajudam mas, para cima, nem o diabo empurra”.
Tiveram que ir por Carvalheira porque o caminho de Covide estava tapado com um pinheiro que tinha caído e estava no meio da estrada. Quando estavam a chegar ao Chão de Pinheiro, encontraram dois homens em cima de três burros. Estavam decididas a seguirem o seu destino, mas os três homens, todos ao mesmo tempo, pediram para as duas pararem. Elas assim o fizeram e perguntaram-lhes o que queriam.
Apresentaram-se como os três reis magos do Oriente.
Ficamos muito espantadas e a Susana perguntou-lhes como é que eles faziam para viverem tantos anos, visto que os reis que nós conhecíamos tinham visitado Jesus há dois mil anos atrás. Eles disseram que tinham, os mesmos nomes mas que os reis magos que visitaram Jesus eram, os seus antepassados, mas que todos os descendentes ficaram com essa missão de percorrer o mundo e seguir a estrela que lhes indicava aonde deviam ir.
A Mariana perguntou o que é que eles queriam, afinal. Um deles, chamado Belchior, disse que tinham que visitar o Salvador. O Gaspar acrescentou, logo que no SMS dizia que era em Junceda e que o GPS deles não indicava esse sítio.
Ficamos mais descansadas, pois Junceda era um sítio bem conhecido.
Permanecemos naquele local a pensar o que teríamos que fazer.
Alguns minutos depois a Mariana teve uma ideia. Disse para a seguirem. Ela e a Susana, em cima da bicicleta  e  os três magos, nos seus burros, caminharam até Carvalheira.
Quando aí chegaram, a Mariana foi à casa de um colega da sua turma, o Capela, e pediu-lhe que guardasse os três burros e que lhes desse de comer. O Capela, contente por poder colaborar, aceitou.
 De seguida a Mariana disse aos reis para subirem para a sua bicicleta, pois ela tinha cinco lugares.
Chegaram ao Campo do Gerês e os cinco foram falar com o Presidente da Junta, que era o pai da Mariana. Ela pediu-lhe que os levasse a Junceda, pois ele conhecia bem o caminho. O pai da Mariana mandou que entrassem todos para o seu Nissan preto e seguiram para Junceda. Já no local, viram um holofote, que parecia uma estrela, por cima dos cedros. Por baixo das árvores, num local aconchegado, viram duas pessoas suas conhecidas, o Zé Manel e a Maria de Funde Vila, um de cada lado e um bebé no meio.
 Os reis ficaram felizes. De imediato, mostraram os presentes que traziam e puseram-se a adorar o “salvador”.  As duas raparigas e o Presidente da Junta foram ao Chão de Baixo buscar duas das suas vacas para que estas aquecessem o menino com o seu bafo.
De seguida, foram ao lugar buscar mais gente para adorarem o menino e dirigiram-se para o presépio. Quando lá chegaram, viram anjos que rodeavam o presépio, mas o resto das pessoas só viam as pessoas que eles conheciam.
Para a Mariana e para a Susana aquele dia foi o melhor de toda a sua vida!    

sábado, 22 de janeiro de 2011

Morte por AMOR

"Olá! Sou um gato que vivo num parque. Conheci uma andorinha pela qual me apaixonei, mas, como ela não queria nada comigo, desisti desse amor
Uma vez, no meu vagueio pela noite, vi a Lua" e foi amor à primeira vista, pelo menos pelo meu lado. Todas as noites, eu subia ao topo da montanha Taipé e ficava a noite toda a observar a Lua e a intensa beldade das suas crateras.
Passava os dias ansioso que chegasse a noite, excepto quando era Lua Nova. Quando chegava esta fase eu ficava desconsolado e punha-me a observar as estrelas, mas não havia comparação: a Lua era única.
Há muito que andava interessado em comprar um telescópio, mas só agora é que tive a oportunidade de o fazer.
Estava a caminho da loja, quando, no quiosque do Sr. Rouxinol, vi uma notícia no jornal: “Curral das Mochas” a dizer: “Na próxima semana a nave espacial Apollo IX parte rumo a Marte.” 
Acabei de ler isto e, no momento, não dei grande importância. Quando dei alguns passos, tive uma ideia genial: infiltrar-me na nave e ir viver com e para a Lua.
 Quando chegou o grande dia, caminhei em direcção à nave mas senti um mau pressentimento. Não dei grande importância e continuei a caminhar. Entrei vestido de astronauta e ninguém desconfiou. A viagem foi longa e cansativa mas valeu a pena porque a vista da Lua era muito melhor da nave do que da Terra.
Quando a nave parou, reparei que a porta estava aberta. Corri para lá e saltei, sem hesitações, para cima do meu amor.   A alegria era tanta que nem reparei que me faltava o oxigénio.
E assim morri nos braços da minha grande paixão.

 Trabalho realizado na aula, no dia 21 de Janeiro de 2011, por Bruna Soares e Tânia Gomes
Sonho ou realidade?
Nestas férias de Natal, eu e os meu amigos fomos dar uma volta pelo Gerês.
Passamos o dia ocupados e, caiu, de repente, a noite caiu.
A Noite estava escura e fria. Juntamo-nos todos e fizemos uma fogueira. Um clarão iluminou o céu. Seria um relâmpago? Ficamos curiosos e decidimos o que era. Sem sabermos como, acordamos em Belém. De início, não sabíamos onde estávamos mas, subitamente, apareceu-nos uma bruxa que nos raptou, porque pensava que éramos os Reis Magos. Levou-nos para uma caverna e prendeu-nos lá. Estávamos deveras assustados.
Algum tempo depois, chegaram,  também, outros homens que lutavam com a bruxa. Para nossa sorte,  venceram-na com uma curta reza. Tiraram-nos da caverna e prenderam a bruxa lá, mas antes cortaram-lhe os cabelos para lhe retirarem os poderes.
Eles não sabiam onde estavam e tinham pressa em sair porque queriam continuar a seguir uma estrela.  Eram magos e procuravam um Menino que viria salvar a Humanidade.
Ficamos, logo com vontade de ajudar. O Pedro tirou do bolso  o seu telemóvel  de segunda geração, já com GPS. Seguimos as indicações deste. Chegamos, então,  ao local onde estava a estrela , mais baixa do que o costume . Quando a viram, os reis ficaram radiantes. Agradeceram-nos, convidaram-nos a entrar com eles e pediram-nos para ficarmos até à entrega dos presentes.
Lá vimos a Família Sagrada  e várias pessoas que estavam a adorar o Deus Menino.
No momento que O estávamos a adorar, o telemóvel do Pedro tocou. Era a mãe dele a perguntar onde estava. Ele contou-lhe que estava em Belém , com os Reis  Magos e as outras figuras do presépio.  
Ela não acreditou e disse-lhe que o  ia pôr de castigo, pois pensava que ele estava a gozar com ela. Ficamos, de repente, assustados, pois não nos tínhamos lembrado, ainda, no regresso.
Estávamos todos contentes e subitamente ficamos tristes. Os reis aperceberam-se e tentaram descansar-nos. Chegou a noite e retiramo-nos para repousar. Adormecemos junto ao curral dos animais. Quando acordarmos estávamos, novamente, na serra do Gerês.
Ficamos todos na dúvida se foi realidade ou apenas um sonho.
O certo é que o Pedro apanhou mesmo um castigo por contar factos que a mãe considerou falsos.

              
                                                                 Paulo Sousa   e Pedro Veloso    8ºA  

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Os Três Reis Magos no Gerês

O encontro com os Reis Magos
   Nas férias de natal, costumamos passear pela serra do Gerês.  Um dia, nesses passeios, encontramos dois homens esquisitos, com barbas muito compridas,  roupas muito grandes e diferentes das habituais.
   Quando os abordamos, ficamos a saber que eram os reis Melchior e Baltazar e que o Gaspar se tinha perdido na serra quando foi buscar lenha para acenderam uma fogueira. Com pena, fomos à procura dele. Andamos, andamos e não o encontramos. À noite fomos descansar todos para a cabana do Cobêlo.
   De manhã continuamos à procura e por fim encontramo-lo debaixo de uma árvore. Levamo-lo para a casa do Miguel e jantamos. No fim de jantar, os Reis Magos perguntaram-nos o que queríamos como recompensa por os termos ajudado. Dissemos-lhes que queríamos uma passagem de ano divertida.
   No dia seguinte era a passagem de ano e os reis Magos levaram-nos ao “6º Sentido”. Ficamos lá toda a noite a dançar e a beber uns copos.
   Já de madrugada, fomos para casa dormir. No dia seguinte os reis Magos, depois de almoçarem connosco, foram embora.
   Ficamos com uma recordação da passagem de ano que nunca mais esqueceremos.        

                                                                                        Diogo e Miguel, 8ºB    

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Um anjo natalício

Este Natal, decidi passá-lo na Serra do Gerês.
Por coincidência, os famosos três Reis Magos - Gaspar, Belchior e Baltazar - também estavam de passagem por lá, orientados pela estrela.
Estivemos a conversar durante algum tempo. De repente, repararam que em cima dos camelos não estava a mirra, o ouro e o incenso, que era a oferenda que eles tinham para o Menino Jesus. Até chegarem a um consenso sobre o que teria acontecido, houve uma longa discussão. O Belchior e o Baltazar preferiam seguir a estrela e pelo caminho arranjar outras prendas. O Gaspar achava melhor voltar para trás e procurá-las. Pediram a minha opinião e, depois de me ouvirem, resolveram seguir a estrela.
Voltei, à casa de montanha, feliz com aquele encontro.
Na manhã seguinte, fui para junto da janela à espera que o Pai Natal passasse. Num olhar mais curioso para o caminho, defronte à casa, vi um objecto esquisito e fiquei curiosa. Decidi ir ver o que era e fiquei surpreendida. Era um saco de incenso. Logo percebi que aquele incenso pertencia a um dos reis magos. Que fazer? Resolvi, então, seguir a estrela mais cintilante que estava no céu, para tentar encontrá-los e para lhes devolver o incenso. 
Cheguei a uma encruzilhada. E agora? Que caminho seguir, se a estrela permitia ir por qualquer um?
Pareceu-me notar umas pegadas e segui em frente. Pelo caminho, encontrei o embrulho de mirra. E o do ouro? Esse não aparecia.  Os reis, se vieram por este caminho, podiam tê-lo encontrado e podiam não ter visto a mirra - pensei. 
A estrela brilhava à minha frente. Continuei a caminhar...
De súbito, a estrela escondeu-se por trás de uma nuvem. E agora? Resolvi parar um pouco. A viagem estava a ficar muito cansativa. Sentei-me um pouco num penedo , junto à estrada. Os meus olhos ficaram turvos com a intensidade de uma luz que saía de uma pequena pedra,que se encontrava no meio do caminho, depois de uma curva.
Como que movida pela curiosidade, fui até lá. Baixei-me, apanhei a pedra e vi, com alegria, que era o ouro que brilhava para a lua.
Feliz,reparei que a estela tinha reaparecido. Continuei o meu caminho. O cansaço tinha desaparecido! Depois de muito caminhar, cheguei à gruta onde Jesus tinha nascido. Lá, já se encontravam os reis em adoração. Adorei-o também e, mais tarde, devolvi aos magos as oferendas que eles tinham lhe para dar.
Como agradecimento e gratidão, eles transformaram-me em anjo e assim fiquei a pertencer ao presépio.
Realizado por Bruna Soares e Tânia Gomes do 8ºA

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Um sonho no Natal


          Como de costume, eu e a minha família mais chegada, na época natalícia, vamos à Serra do Gerês ter com a tia Carminho. Como a casa é muito frio e muito grande tem de ser bem aquecida, de maneira que fui à casa da lenha abastecer o cesto. Quando ia a sair de lá, vi que o tempo estava muito cerrado, e que era capaz de nevar. Quando já estava a iniciar a subida do monte ouvi o relinchar de cavalos. Fiquei com muito medo e parei. Pelo barulho percebi que vinham na minha direção. Escondida, esperei para ver o que se iria passar. Algum tempo depois vi passar, mesmo ao meu lado, umas criaturas estranhas, mas logo reconheci que eram os Reis Magos. Que faria eles ali?
        De repente pararam junto à casa da lenha. E agora? Se saísse do meu esconderijo iam ver-me.  Fiquei a observá-los. Desceram dos camelos e cambaleavam. Senti pena deles.
         De certeza que já não comiam há muito tempo. Sentindo em mim o espírito solidário do Natal, ganhei coragem acerquei-me deles e disse-lhes para se virem alimentar a minha casa. No decorrer da conversa soube que estavam  perdidos e que queriam visitar e ofertar o Menino.  Decidi, de imediato, ajudá-los.
         Como todas as crianças da minha da minha idade, pensei logo no Pai Natal, aquele a quem escrevo cartas. Enviei-lhe um fax  e ele respondeu-me. Disse-me para ir à Internet e procurar o email do José Carpinteiro. Encontrei o que queria e, logo de seguida, fui registá-lo na minha lista.
        Mais tarde, consegui comunicar com ele e contei-lhe tudo o que se estava a passar. Ele disse-me que, como estava muito cansado e como a crise também já tinha chegado a Belém, não acendia a Estrela. Prometeu-me que a iria acender e cumpriu.
        Entretanto o Reis iam descansando em minha casa, mas quando avistaram novamente a estrela decidiram segui-la novamente e pedi-lhes para ir com eles.
        Como os camelos já estavam com os cascos rompidos, peguei no carro do meu pai e partimos, então, em busca do Menino até Belém. Dirigimo-nos o Aeroporto Sá Carneiro e apanhamos um voo para Jerusalém.
        A viagem foi demasiado curta. Minutos depois já nos encontrávamos, cavalgando a caminho de Belém. Neste percurso tivemos que parar um pouco para levarmos o Belchior ao psicólogo, porque não se conformava com a ideia de ser negro. Dizia que à noite, quando chegássemos à gruta de Jesus, Ele não conseguiria ver a sua cara. Encorajado por ele reanimou o espírito e seguimos. Andamos bastante até chegarmos a Belém. Aí, Baltazar decide comprar tabaco e alguns alimentos para comermos.
        Alimentamo-nos e procuramos a gruta. De repente vimos a Estrela por cima de uma mansão, coberta de hera. Entramos. O Menino estava a brincar, feliz, e sorria.  Maria estava no Hi5 e José no Facebook.
        Que cena tão diferente daquela a que eu estava habituada a ver. Dei um salto e acordei! 
 Que tristeza!  Tudo não passou de um sonho.
                                                                        João Pedro Pereira nº10 / Susana Teixeira nº1

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Um Natal tão diferente

Nas férias do Natal, decidi convidar algumas das minhas melhores amigas para irmos até à Serra do Gerês aproveitar as diversões da neve, visto que estava muito nevoeiro e não dava para andar à procura de novas aventuras.
Ao fazer ski numa das mais altas montanhas da Serra do Gerês, avistámos mais ao longe, três homens, um preto e dois de pele bem mais clara, cujas vestimentas nos despertaram a atenção. A nossa curiosidade despertou e fomos investigar. Quando estávamos já perto, apercebemo-nos de que eles estavam montados em camelos, os quais estavam sempre a espirrar. Os três homens pareciam andar à procura de qualquer coisa. Apressámo-nos, então, para os ajudar.
Depois de nos apresentarmos, disseram-nos que eram os Reis Magos e o que procuravam.  Procuravam o local onde o menino Jesus nascera, pois seguiam uma estrela, que com o nevoeiro perderam. Perguntaram-nos se sabíamos a morada do hospital ou o número de telemóvel de José ou de Maria.
Ficamos de “boca aberta”, mas não hesitamos em ajudá-los.
Enquanto nos seguiam até onde estávamos alojadas, perguntámos-lhes o porquê de tanto interesse em encontrar o menino Jesus. Logo nos responderam que lhe vinham entregar presentes. Ficamos curiosas em saber o que seriam os presentes e quisemos saber o que eram. Rapidamente nos responderam que lhe iriam oferecer um carrinho porque ainda era pequenino, um telemóvel para quando for maiorzinho e uma televisão para quando for velhinho.
Quando chegamos à estalagem, procuramos na Internet, e logo, nos apareceu o hospital de Braga. Devido à constipação dos camelos que ficaram na nossa estalagem, decidiram ir de autocarro.
Visto que não conheciam muito bem a zona, decidimos acompanhá-los. A meio da viagem começamos a avistar novamente a estrela, acompanhada de quatro mais pequenas. Apercebemo-nos de que não era na direcção do hospital, mas continuamos e fomos dar a um hotel de cinco estrelas. Na recepção, perguntamos o número do quarto onde estavam José e Maria acompanhados do menino Jesus. Disseram-nos que estavam na suite número vinte e cinco. Fomos até lá e encontramos o menino numa belíssima e gigantesca cama, coberto  pelos melhores e mais quentinhos lençóis. Maria descansava no jacuzzi e José, sentado num sofá da varanda, encontrava-se a fumar um charuto.
Entramos e seguimos em direcção à cama do menino. José veio ter connosco e perguntou aos Reis o motivo da demora. Estes explicaram-lhe e ele compreendeu. Entretanto Maria regressou ao quarto. O presépio estava de novo reunido.
Os Reis levaram-nos para junto deles e fizeram a entrega dos presentes. Observámos as reações e pareceu-nos que todos ficaram contentes.
Os Reis ficaram lá hospedados e nós voltámos para casa com a licença de ficarmos com os camelos para nós.

                                                          Trabalho realizado na aula por

                                                                      Melanie e Liliana

Ano Novo diferente

Era dia de Ano Novo, quando decidi convidar a Sofia para dar uma caminhada pela serra.
Saímos de casa por volta das 11:30, começamos por visitar o museu de Vilarinho da Furna e em seguida partimos para a serra para encontrarmos um local perfeito para fazermos o nosso pic-nic.
Quando o encontrámos, instalámo-nos e, depois de já estarmos satisfeitas com aquele farnel todo, arrumámos tudo e seguimos o nosso passeio.
Instantes depois, parámos na fonte do Padre, para descansar e planear o resto do percurso. Ficou decidido irmos à fenda da Calcedónia. Começamos a andar e pelo caminho fizemos várias paragens. Vimos várias espécies de animais, tais como: coelhos, veados, javalis, lagartos e até um lobo avistámos.
Deslumbradas com a beleza daquela serra, chegámos ao destino planeado. Aproveitamos também para lanchar, tirar fotografias e descansarmos um pouco. Quando vimos que já era hora de voltarmos às nossas casas, arrumámos tudo. Seguimos o mesmo percurso que fizemos à vinda. A meio do trajeto ouvimos um pica-pau, ali perto. Decidimos, então, desviarmo-nos um pouco para o conseguirmos observar melhor e, se possível, tirar-lhe umas fotografias. Quando demos por ela, estávamos num local que não tínhamos previsto. Caminhámos bastante e estava a ser difícil reencontrar o caminho inicial.
A determinado momento, encontramos três belos homens, muito velhos, acompanhados por três magros camelos. Aproximámo-nos deles para lhes pedir ajuda, mas, junto  deles, reparámos que eram parecidos com os reis magos, que nos habituámos a ver nos presépios. Disso tivemos certeza, pois os próprios nos disseram que vinham do Oriente  e que andavam perdidos à procura do Menino Jesus.
Precisávamos todos de ajuda! Eles foram muito simpáticos e permitiram que montássemos nos camelos. Sem sabermos bem como, conseguimos chegar ao cruzeiro do Campo. Nós pretendíamos ficar por ali, mas eles pediram-nos que os ajudássemos a chegar ao local onde estava o Menino Jesus. Pela localização da estrela pensamos que seria na vila, em terras de Bouro.
Decidimos ajudá-los a chegarem onde  queriam, pois também ficámos muito curiosas. Pelo caminho, foram-nos contando o que cada um levava para oferecer ao Menino. Baltazar levava incenso, pois Ele era Deus;  Belchior ouro, porque o Menino era rei dos reis e o Gaspar ia oferecer-lhe mirra, pois era humano.
 Enquanto cavalgávamos toda a gente olhava para nós como se nunca tivessem visto nada assim e na verdade não. Algum tempo depois, chegámos à vila, onde estava o Menino Jesus, Maria e S. José, no presépio da igreja.
Aproximamo-nos com eles e tivemos oportunidade de participarmos nas suas orações. De repente, os reis magos e os camelos transformaram-se e, também, lá ficaram a enfeitar aquele presépio tão vivo e tão belo.
Era hora de regressarmos a casa. Queríamos contar à nossa família tudo o que vimos. Eles tiveram dificuldade em acreditar mas foram connosco visitar o presépio e viram, com os seus próprios olhos, o que lhes dissemos.
Todas as pessoas olhavam o presépio mas nenhuma via aquilo que nós víamos, embora estranhassem ver aquelas personagens que não estavam, antes. no presépio.

                                                                                                       Joana e Sofia, 8ºB

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Grande Aventura

Os Reis Magos
   Estava eu a passear na Serra do Gerês, quando encontrei uns homens estranhos, muito tristes e muito cansados.
   Perguntei-lhes porque estavam tristes e eles disseram-me que já não comiam há muito tempo e estavam cheios de andar em cima dos seus camelos. Queriam  conhecer um menino que tinha nascido e que andavam há muito guiados por uma estrela.
  Disse-lhes para acamparem ali que eu ia a casa buscar comida.
   Já em casa, contei a minha mãe o que me aconteceu e ela deu-me autorização para levar o que quisesse. Levei a comida que pude e também a minha Playstation Portable para eles jogarem e se poderem distrair um pouco.
   Voltei à Serra e sabia que os ia encontrar porque a estrela que eles seguiam era muito visível, mas ninguém sabia que era uma estrela especial. Quando lá cheguei estavam aconchegados debaixo de um grande penedo. Comeram e recuperaram as forças. Depois falei-lhes do meu desejo de ir com eles ver o menino e eles aceitaram. Parti, então, no camelo do Gaspar para Jerusalém, mas como, por milagre, chegámos lá numa semana, embora a viagem fosse cansativa.
   Pelo caminho íamos jogando à vez até que acabou a bateria.  No Egipto, uma rapariga simpática, deixou-nos carregá-la na casa dela. Deu-nos comida, e ainda nos deixou passar a noite na sua casa, pois já não dormíamos direito há muito tempo.
   Na manhã seguinte, prosseguimos viagem. Finalmente chegámos a Jerusalém. A estrela parou por cima de uma gruta, no meio de um monte. Apeamos, colocámos os camelos perto da gruta e entrámos. Vimos uma família pequena, mas feliz. O pequeno brincava com umas ovelhinhas que lá estavam, a mãe cosia umas meias, bastante velhinhas e o pai arranjava uma porta.
   Os Reis perguntaram o nome do menino, pegaram nele ao colo e deram-lhe os seus presentes. Ele não lhes achou muita graça. Eu não tinha nada para dar, mas lembrei-me, de repente, da PSP, e dei-a ao menino. Ele ficou todo contente e, como já estava crescido, ensinei-o a jogar.
    No fim, despedi-me de toda aquela gente e voltei para casa com um grupo de pessoas que também vinham para Portugal.
   Foi uma aventura que nunca mais hei-de esquecer.

                                                               Adriano, 8ºB

Milagre

Encontro com os Reis Magos

         Durante a época de Natal, nas férias, eu e a Adriana decidimos dar um passeio na Serra do Gerês. Estava um dia ensolarado e quente, nada de acordo com a estação.
         Enquanto caminhávamos, íamos contemplando a paisagem. Inesperadamente, eu caí num buraco que estava escondido pela vegetação. A Adriana muito aflita começou a gritar:
         - Socorro! Socorro!
Apareceram, vindos do meio da floresta, três homens, cada um montado em seu camelo.
A Adriana, muito preocupada, pede:
- A minha amiga caiu naquele buraco! Ajudem-na, por favor!
- Acalme-se menina! Acalme-se! Nós vamos ajudá-la! – disse o homem mais velho, saltando do seu camelo.
         Muito preocupada com o que estava a acontecer, perguntei:
         - Adriana! Com quem estás a falar?
         - Não te preocupes – disse ela – vamos tirar-te daí.
         Muito desconfiada, a Adriana reparou nos três homens e nos três camelos. Subitamente exclamou:
         - Vocês são os três Reis Magos!
         - Hei! – disse eu – Estou aqui!
         Os Reis Magos dirigiram-se ao buraco e tiraram-me de lá.
         - Obrigada! – exclamei.
         Fui para junto da Adriana e ela sussurrou-me ao ouvido:
         - São os três Reis Magos!
         Muito admirada, falei:
         - Já sabemos que são os Reis Magos. Andam à procura do Menino?
         Sim, - respondeu Belchior – mas estamos perdidos. Sabem onde encontrá-Lo?
         - Sei. – disse Adriana – Se nos levarem até ao Campo do Gerês, eu indico-vos o caminho.
         - Está combinado! – respondeu Baltazar – Subam para um camelo.
         - Assim fizemos. Quando chegamos à Sequeira do Pires, a Adriana exclamou:
         - Chegamos!
         Descemos dos camelos e dirigimo-nos ao presépio onde estavam Maria e José com o Menino nos braços.
         Nós ficamos muito espantadas com o que se deparava à nossa frente. Era um milagre! Os Reis Magos transformaram-se, de repente, em figuras do presépio e, ainda, lá continuam.


                                     
Adriana Afonso, nº1, 8ºB
Elsa Rocha, nº6, 8ºB 



Passeio nocturno

Tudo se passou há uns tempos atrás. Em família, decidimos fazer um acampamento na Serra do Gerês. Quando chegámos, já noite cerrada, montámos as tendas e instalámo-nos.
A meio da noite, sentimos frio e fizemos uma fogueira. O céu estava limpo. Depois de nos sentirmos melhor, pensámos observar a vida animal nocturna. Com a intenção de nos guiarmos pelo clarão da fogueira, ao regressarmos, afastámo-nos mais do que tínhamos previsto. Reparámos que o céu ia ficando nublado, lentamente. Começou a chover.
Sem nos lembrarmos do regresso, decidimos abrigar-nos numa gruta que avistámos lá perto. Ao entrarmos, sentimos o calor de uma outra fogueira e observámos uma luz, que seguimos, assustadas. Já perto daquela luz, encontrámos três criaturas nada prováveis naquela região. Eram camelos. Ainda mais assustadas, decidimos continuar o caminho, até que encontramos três personagens que tínhamos por ideia já termos visto em imagens de livros infantis.
Lembrámo-nos dos reis magos, que seguiam uma estrela para encontrar o Menino Jesus na época natalícia, após o seu nascimento. Estes encontravam-se desesperados, tocando, impacientemente, nas paredes da gruta.
Confusas com o que víamos, perguntámos:
- O que fazem aqui? Procuram alguma coisa?
Responderam-nos:
- Seguíamos uma estrela para encontrar o estábulo onde nasceu o Menino Jesus, quando o céu ficou nublado e começou a chover. Deixámos de ver a estrela e decidimos abrigar-nos numa gruta. Ao tocarmos numa das paredes, viemos cá parar. Agora estamos a tentar encontrar uma forma de voltar ao nosso tempo.
Percebemos então a situação, e, quando parou de chover, decidimos levá-los para o acampamento. A fogueira que tínhamos feito estava apagada. Como iríamos voltar? Já não nos lembrávamos do caminho de regresso. Seguimos um foco incandescente que se avistava ao longe, percebemos logo que seria no acampamento.
Quando chegámos, as nuvens desapareceram do céu e reparámos que a estrela-guia continuava lá.
- É a nossa estrela! – Exclamaram, espantados, os reis.
Seguindo a estrela voltariam ao seu tempo. Despedimo-nos deles. Seguiram o seu caminho e deitámo-nos, sem que ninguém se tivesse apercebido da nossa aventura. 

                                                                                                         Maria Inês e Claúdia, 8ºA

Surpresa na batida ao javali

No dia 6 de Janeiro, eu e os meus amigos fomos a uma batida do javali, na Serra do Gerês.
   Quando chegamos ao local, a organização entregou-nos os mapas do local onde era a batida. Nós pegamos no jipe e seguimos viagem. Pelo caminho, avistamos umas pegadas pelo chão, que não eram habituais neste local. Decidimos, então, seguir-lhe o rasto. Andamos durante várias horas para ver onde ele ia dar.
   Num determinado local, as pistas desapareceram. E agora? Resolvemos soltar os nossos cães para ver se encontravam o animal que deixou as pegadas. Íamos fazê-lo quando, de repente, ouvimos um barulho de pessoas a discutir. Sem sabermos bem o que fazer, curiosos, pé ante pé, fomos ver quem estava a fazer tanto barulho e sem se perceber nada. Mais próximos do local, tivemos que mandar calar os cães e fomos espreitar. Vimos, com espanto, três homens de raças diferentes e com roupas muito antigas. Ao lado deles, estavam três camelos. Aí percebemos que os rastos que seguimos eram dos camelos. Fomos prender os cães para não os assustarmos e, olhando um para o outro, ficamos, por momentos, sem saber o que fazer. Ganhamos coragem e fomos até lá falar com eles, pois queríamos saber o que tinha acontecido.
   Eles, no princípio, ficaram assustados por nos ver com as nossas armas, mas, ao longo da conversa foram-se acalmando. Explicaram-nos o que tinha acontecido: procuram o Menino-Deus e seguiam uma estrela, que lhes indicava o caminho. Como estava a amanhecer, a estrela desapareceu e tiveram que arranjar abrigo. No entanto, já ali andavam perdidos, há algum tempo, porque o céu tinha ficado nublado e o tempo muito chuvoso. Discutiam, agora, o que haviam de fazer, pois, sem querer andavam perdidos, nesta serra maravilhosa.
   Perguntamos-lhes de quem eram os camelos, e eles disseram que os tinham alugado, na sua terra. Também lhes perguntamos o nome. Um chamava-se Gaspar, o mais escuro chamava-se Belchior e o outro chamava-se Baltazar. Eram reis em terras diferentes, mas que se encontraram porque seguiam a mesma estrela. Juntaram-se no caminho de S.Bento e pararam no Equidesafios para cuidarem dos camelos.
   Depois de termos ouvido esta história, resolvemos ajudá-los a encontrar a cabana onde o Deus Menino estava instalado. Levámo-los ao Equidesafios, para eles guardarem os camelos e entraram no nosso jipe. Seguimos viagem para Terras de Bouro onde ficava a cabana do Natal. Lá tinha sido feito um presépio humano muito bonito e, de certeza, os Reis Magos iam gostar.
   Quando lá chegamos eles olharam para nós, muito gratos. Dirigiram-se para o presépio, ajoelharam e ficaram a adorar o Menino. Olhamos uns para os outros felizes e rezamos, ali, com eles.
   Algum tempo depois, levantaram-se e ofereceram as suas prendas: ouro, mirra e incenso.
   As pessoas que compunham o presépio estavam admiradas por ver aquelas estranhas personagens, mas pensaram que tinham mudado os figurantes que iriam representar os Magos e que chegariam, nesse dia.
   Observamos tudo com atenção e, já quase no final do dia, resolvemos ir embora. Gaspar, reparando nisso, pediu-nos para esperarmos um pouquito porque tinha algo para nos oferecer. Fora da Cabana, retirou do alforge, que trazia debaixo do manto, umas grandes barras de ouro e deu uma a cada um. Era o modo de nos agradecer por tudo o que nós fizemos por eles.
   Como, também, nos sentíamos muito contentes por estarmos com eles, oferecemos-lhes um jantar em nossas casas. Eles aceitaram mas com a condição, de, no final do jantar, os levarmos ao Equidesafios, para irem buscar os camelos e, depois, os guiarmos até à Portela do Homem. Era esse o sítio onde estava o portal para voltarem ao seu tempo e poderem regressar às suas terras.
   Combinamos para que casa os levaríamos e pensamos que o melhor era ser em Chorense, na casa dos pais do André. Este, de imediato ligou à mãe para preparar um jantar de reis para uns convidados especiais. Aí, eles comeram de tudo o que lá havia, e que não era pouco, pois como era dia de Reis, a mesa já estava muito bem recheada. Gostaram de tudo, mas ficaram deliciados com as rabanadas.
   Toda a gente da casa ficou feliz com esta visita e nem queriam acreditar que, nesse dia, tiveram mesmo os três Reis do Oriente na sua presença.
   Foi um dia muito especial, mas vê-los desaparecer, no meio de dois penedos, deixou-nos tristes, pois tínhamos a certeza que não viveríamos outra aventura assim.


Trabalho realizado por André e Filipe, 8ºA
Janeiro de 2011