sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O encontro com os reis Magos

 Certo dia fui, eu apanhar nozes para o Gerês quando, de repente, passam três homens de ar sinistro nos seus Ferrari’s. Vêem-me e, subitamente, param e, nesse preciso momento, eu penso para mim mesmo “Até paro o trânsito!” Recuaram e perguntaram-me com sotaque italiano:
   -Você sabe onde é o Gerês?
   -Eu ia para o Gerês mesmo agora. Se me puderem dar boleia, eu guio-vos até lá. – Respondi eu.
   -Sobe a bordo.
   Durante a viagem, reparava que eles usufruíam de um sistema de “GPS” e logo perguntei:
   -Porque não usam o “GPS”?
   -Está em espanhol e nós os três não compreendemos esse idioma, logo, também não sabemos onde é que se muda o idioma.
   -Está certo. Mas quem são vocês? - perguntei, logo que reparei em armas na mala do carro
   -Somos da máfia italiana.  Dum  grupo chamado “Los Magini” ou “Os Magos”.
   Baltazari - assim se chamava o homem de cor mais escura - um bocado desesperado, mentiu-me. pois na realidade estes três cavalheiros eram, na realidade, os famosos três reis Magos, os únicos que possuíam o dom de localizar qualquer pessoa com uma facilidade extraordinária, segundo apurei mais tarde.
  Como não sabia o que eles iriam fazer e estava curioso, continuei o caminho  com eles.
  De noite, na Pousada de S. Bento, aproveitei para lhes perguntar quais eram os seus objetivos no Gerês. Gaspar, o único que estava acordado, respondeu:
   -O filho do nosso patrão acabou de nascer e nós viemos, incessantemente, procurá-lo e oferecer-lhe proteção. Agora vou ligar-lhe para disparar a bala de sinalização, para amanhã nos podermos orientar por ela.
   Fiquei confuso mas ainda mais curioso. Dei-lhe as boas-noites e deitamo-nos. 
    No dia seguinte acabamos por partir em direção há bala de sinalização. Curiosamente, apenas os três conseguiam encontrar essa tal bala de sinalização. Olhava e olhava e não encontrava nenhuma coisa que me chamasse a atenção.
  Finalmente, chegamos ao local. Reparei que tudo estava bastante artilhado e enfeitado. De repente, surge um homem que se identificou como “patrão” e  perguntou-me:
   -Quem és tu?
   -Guiei os seus servos.
   -Muito bem! Eles possuem um dom de localização magnífico mas só funciona em pessoas e não em locais.
   Ficamos todos ali. Durante a tarde, ouviu-se um barulho entre a folhagem.         Todos se preparavam para proteger o valioso menino. Quem se escondia era a máfia russa que soube da sua existência  e pretendiam matá-lo.
  Foi tiro atrás de tiro… uma verdadeira guerra! No final, ficamos todos emocionados porque, embora com dificuldade, acabamos por vencê-los.  Despedi-me e parti em direção a casa sem contar nada a ninguém.
  Pelo caminho, umas magníficas estrelas revelaram-me que esses três magos eram pessoas muito especiais com poderes espantosos! Também me disseram que eles reapareciam a cada 100 anos para salvar o menino mais valioso do mundo.
                                                                Armando Martins Dias nº4,   José Luís Rocha nº 1

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