terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O Gato Malhado e a Lua

Morte por amor

“Olá. Eu sou um gato e vivo num parque. Conheci uma andorinha pela qual me apaixonei. Mas como ela não queria nada comigo, desisti desse amor.
Um dia, no meu vagueio pela noite, vi a Lua” e comecei a admirá-la. Aos poucos, percebi que ela era tudo para mim. Esperava pela noite só para poder admirar a sua beleza. Estava apaixonado por ela.
 Uma vez, senti que estava a ser perseguido. Olhei para trás, mas não vi ninguém. Isto passou-se durante muitos dias até que, numa noite de lua cheia, a minha amada Lua me cumprimentou, com a sua voz suave:
-Olá, eu sou a Lua.
Eu, muito envergonhado, disse:
-Olá, eu sou o gato.
Passamos algum tempo calados e corados, porque ambos gostávamos um do outro. Disse-me que me perseguia há dias e eu contei-lhe que tinha notado, só não sabia quem era. Naquela noite não falámos mais, pois eu  tive que ir embora.
No dia seguinte, continuámos a nossa conversa. Era bom estar com ela, apreciá-la…
Um mês mais tarde, decidi fazer-lhe uma surpresa. Com a ajuda dos meus amigos do parque, construímos  uma nave espacial, para eu poder ir ter com ela.
Ao pôr-do-sol, segui viagem. Ia ter com a minha Lua.
            Cheguei quando as estrelas já cobriam o céu. Já no seu seio, apanhei uma grande deceção.  A minha Lua não era aquela. Aquela era só um pedaço de rocha fria, sem brilho e sem vida.
           Que fazer? Vagueei triste e desolado.
          Vendo-me assim, ela perguntou-me o motivo de tanta tristeza. Demorei algum tempo a responder. Disse-lhe que não via o brilho, a beleza, o sorriso que me cativou na minha Lua. Ela, sem demora, respondeu-me que era ela.
Tivemos muitas conversas mas o amor não voltou ao meu coração.
Decidi, então, voltar para a Terra, pois preferia amá-la de longe, observando as suas mudanças, a sua alegria e o seu brilho, nas noites escuras.
               Na viagem de regresso da terra, tive problemas e fiz algumas paragens nas estações de serviço.
              Com o cansaço, resolvi fazer uma sesta, mas o que eu não sabia era que já tinha pouco oxigénio. Depois da sesta, voltei para a nave e segui viagem.
 Passados uns minutos,  comecei a sentir falta de ar, e perdi o controlo da nave. Esta  acabou por colidir com o sol, originando uma grande explosão.
Houve meses e meses de chuva intensa.  Em alguns lugares, houve, até,  grandes cheias. A Lua chorava pelo meu desaparecimento.
Nunca mais ninguém viu aquele  brilho e aquele sorriso alegre que todas as noites iluminava o céu e me tornava feliz.
Agora vivo no Reino dos Gatos e sonho continuamente com a minha amada.
                                                                     Ana Alves e José Capela, 8º B

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