A partir de um excerto do conto Viagem , de Sophia de Mello Breyner Andresem, dei a seguinte proposta de escrita: A Vida levantou-se mais cedo do que o costume, acordou o Luz e foi abrir as portas ao Caminho. Quando as abriu, apareceu a Encruzilhada…
“…Quando as abriu, apareceu a Encruzilhada” muito assustada e preocupada porque a Estrada estava muito doente.
A Vida também ficou muito preocupada e, por isso, decidiram chamar os seus amigos e contar-lhes o que se estava a passar. Todos, decidiram ajudar.
Algum tempo depois a Vida teve a ideia de chamar um famoso mágico que havia no bosque. Este aceitou ajudá-los e foi ver a Estrada. Sem pensar muito, disse:
- Já sei o que a Estrada tem. O problema foi ter desaparecido o Caminho e sem ele, ela não consegue viver bem.
Sem hesitar, decidiram procurá-lo mas, passaram-se horas e horas e ainda não tinham encontrado nada. Não iriam desistir de procurar e assim continuaram.
Depois de muito pensar, a Vida descobriu uma gruta onde ele poderia estar.
Sem tirar nem pôr. Ele estava mesmo lá. Falaram e explicaram ao Caminho o que se estava a passar e ele, com pena da Estrada, foi-se logo embora.
Explicou à Encruzilhada e a Vida que só se foi embora porque queria um bocadinho de paz e de sossego, pois agora ninguém o procurava, só queriam a Estrada e esta tinha que ser boa. No seu tempo, era visitado por muita gente e, até as pedrinhas que o compunham estavam rompidas e as ervas tinham dificuldades em viver porque todos as pisavam.
A Vida pediu à Luz que ajudasse o Caminho. Esta iluminou-o bem e ele ficou radiante e cheio de brilho.
Decidiu fazer uma surpresa à Estrada. Enfeitou-se, limpou bem as suas bermas e fez com que nascessem lindas flores.
Quando a Estrada o viu ficou tão contente, tão contente que chorou de emoção. Abraçaram-se os dois e ficaram a viver lado a lado, felizes e prestáveis.
A doença da Estrada chamava-se “saudades”.
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