Esta história, que vamos contar, foi passada em Terras de Bouro.
À casa do pastor João Castelo Branco vinha, às vezes, um lobisomem em forma de cabrito.
Todos os dias de lua cheia perturbava a aldeia e todos os que ali passavam à noite.
Falava para as pessoas, gritava e comia tudo o que lhe aparecia à frente. De vez em quando, causava enormes prejuízos.
Todos os dias de lua cheia perturbava a aldeia e todos os que ali passavam à noite.
Falava para as pessoas, gritava e comia tudo o que lhe aparecia à frente. De vez em quando, causava enormes prejuízos.
Castelo Branco, que era destemido e o homem mais forte da aldeia, certo dia, armou um plano para tentar capturar aquele grande e assustador lobisomem. Pensou esconder-se atrás de uma grande árvore - local predileto do "bicho".
As horas foram passando e, como o sono é matreiro, adormeceu. Quando deu por si já era de madrugada. Não o tinha apanhado e ficou furioso. Prometeu, então, a ele próprio que, na próxima vez, não iria adormecer e ia matá-lo.
As horas foram passando e, como o sono é matreiro, adormeceu. Quando deu por si já era de madrugada. Não o tinha apanhado e ficou furioso. Prometeu, então, a ele próprio que, na próxima vez, não iria adormecer e ia matá-lo.
Na lua cheia seguinte, Castelo Branco escondeu-se por entre as flores e na mão levava uma machada. O relógio marcou as horas e o lobisomem, em frente ao pastor, transformou-se em cabrito.
O pastor tentou chegar à beira dele, mas ele não deixou e, aos saltos, foge. Castelo Branco, com o coração pulando no seu peito, atira-lhe a machada e ouve-se um grito...
Corre naquela direção, e, no local, o chão estava cheio de sangue, mas nem vestígios da machada nem do lobisomem.
O pastor ficou assustadíssimo e, sem saber o que fazer, fugiu para casa.
No dia seguinte, bem cedo, levantou-se e foi ao local e já tinham desaparecido os restos de sangue. Parecia que ali nada se tinha passado.
O pastor andou um tempo atormentado e até pensava que andava a ser perseguido pelo lobisomem.
Decidiu, então, sair daquela aldeia e ir para outra terra - Lisboa. Aí conheceu muita gente e fez várias amizades. Entre eles um comerciante de produtos tradicionais.
Um dia, ao almoço, o pastor precisou de alguns legumes, e decidiu comprá-los a casa do seu amigo. Quando lá chegou, este convidou-o para almoçar e ele aceitou com bastante agrado.
Durante o almoço, puseram-se a falar sobre tempos idos, e o comerciante perguntou ao pastor se ele não o conhecia antes de vir para Lisboa. O pastor disse-lhe que a sua cara não lhe era estranha, mas não sabia de onde. Contou-lhe, então, o anfitrião, José Herman, a história:
- Sem saber como, nasci com um fado e, todos os dias de lua cheia, saía de casa e, transformado em cabrito, causava alguns sustos e prejuízos às pessoas. Mas, uma noite, um homem corajoso tirou-me esse fardo, ao tentar matar-me.
O pastor, ao ouvir aquilo, ficou assustado, mas ao mesmo tempo um pouco tranquilizado e, abraçaram-se em silêncio…
José Herman agradeceu-lhe e mostrou-lhe a machada que guardava como relíquia.
Tornaram-se mais amigos e, anos mais tarde, o pastor João Castelo Branco e o lobisomem, Herman, decidiram viver juntos, pois já todo o bairro tinha percebido que havia romance entre eles.
Passaram a viver juntos e felizes e, pelo menos uma vez no ano, visitam Terras de Bouro para recordarem os momentos mais marcantes das suas vidas.
Autora: Joana Pereira, 8ºA
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